Imagem "o que eles pensam"

Imagem "o que eles pensam"

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Atitude - Ilusão de Ótica



Ahhh..O amor. Até suspiro ou choro ao falar dele. Não, não estou falando daquele amor de mãe e pai, esse eu compreendo bem. E nem de amigos. Refiro-me ao amor entre duas pessoas que vai além da amizade e chega ao envolvimento de almas, corpos, vidas passadas ou carma. Aquele que faz com que o seu emocional emudeça qualquer vestígio de racionalidade.

Em alguns casos, no meio do caminho, você começa a enxergar letras garrafais alertando Perigo! Perigo! O amor destrutivo entrou no meio do caminho e como um tornado destruiu qualquer romantismo, o campo belo e florido, a alegria. E de tão forte sujam minhas palavras ao construir esse texto.

Penso “Até onde uma pessoa pode chegar pela outra, quais são os limites, como estabelecê-los e não perder controle de algo que pode fazer você se perder completamente e cegar num piscar de olhos”. Isso seria uma prova de amor? Talvez para os apaixonados adormecidos. 

Sentimentos de estar perdida, com a raiva gritando, irritada ao imaginar que aquele amor, paixão que você vivia, se voltou contra você. E você, lá no fundo, sempre soube, só não queria enxergar. Tonta até onde era quase impossível se fazer. E de tanto acreditar acabou se tornando. Perdeu a essência, valores, qualquer coisa que fazia parte de você. Tudo misturado numa facada só.

De repente, veio aquele coração na boca e disparado, mãos geladas, uma tontura e aí, você percebe, sem forças, que está tudo desabando. A vulnerabilidade de não saber o que o outro está pensando te toma e você fica passível, desarmado, esperando e esperando pelo pior. Os valores se invertem em uma tentativa fracassada de sustentar o ego, os caprichos, a carência. A vergonha assume o lugar. 

Passa muito tempo maquiando e encontrando boas desculpas para continuar ali, ali onde não existia motivo algum para estar. Não, não havia. Um conto de fadas mal contado, talvez. Um poema invertido. Nada mais que uma boa mentira mal contada.

Mas basta abrir os olhos e tudo fica nítido. É só voltar no tempo e rever as cenas, escutar novamente o que estava sendo falado e você para e pensa: Como eu não vi? Onde eu estava? Talvez tenha visto, mas a dor da perda seria maior do que a dor de acreditar numa mentira qualquer. Como já dizia Cazuza: ‘’Mentiras sinceras me agradam’’.

Você ama, odeia, ama, odeia. É justo e injusto. Dá prazer, mas arranca pedaço. É tanta inocência recheada de maldade. Um campo de batalha. Mas uma hora a ficha cai, geralmente tarde demais, numa cama fria, sozinha e perdida. Mesmo nesse cenário, você acorda, e passo a passo, desperta para o amor próprio, pois só ele evitará outros casos de desamores.

3 comentários:

  1. Que orgulho!
    Adorei ver tudo isso tão bem escrito e colocado para fora! Até faz parecer uma história bonita, né?
    Bonito é reconhecer a lição que ficou e não se assustar com o "ghost" que, inevitavelmente, vai surgir de vez em quando...
    Finally we got the 20/20 vision, ;)
    Beijos e seja muuuuito bem vinda baby!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada. Mas com seu apoio fundamental, babe.
    Acho que desabafando assim nos saímos bem e por cima.
    Agora quero ver a dose de humor rs. A vontade é sair um pouco do drama.

    ResponderExcluir
  3. Achei ótimo o texto Paula, adorei, parabéns! Ansioso pelos próximos textos. rs
    Bem vinda ao nosso Blog. Beijos! =)

    ResponderExcluir